sábado, abril 11, 2009

"He´s not just that into you"


Ontem fui ao cinema ver um filme "de domingo à tarde", apesar de ser sexta feira à tarde. O título era sugestivo do tipo de filme, bem como do seu conteúdo, e por isso mesmo fui vê-lo. Por isso e por não haver nenhum filme na matiné que não fosse "de domingo à tarde".
Título do filme: "Ele não está assim tão interessado". Está-se mesmo a ver o género de filme: relações humanas, sinais mal interpretados, o quotidiano. Se tentarmos ver a coisa de um prisma menos crítico, quase que podemos tirar algumas lições em termos sociológicos. Posso dizer que aprendi algumas coisas, embora a maior parte das "lições" eu já tivesse tido na escola da vida (dramático! eheheh!), como levar uma tampa, por exemplo, e obtido aproveitamento com distinção!
O filme resume-se, basicamente, a um "guia" sobre os sinais que os homens dão quando conhecem uma mulher e revelam se ele ficou interessado ou não. Sei que os homens não são todos iguais, mas lá bem no fundo, são. O fundo genético, o instinto é igual. Está-lhes na "massa do sangue". E realmente há muitas coisas que fazem sentido.
Apercebi-me que os homens vêm as coisas de uma maneira muito mais simples, e que realmente as mulheres tendem a dramatizar as situações. De uma coisa de nada fazem um filme gigantesco (eu sei, eu já os fiz...) e que isso costuma dar mal resultado. E isso fez-me pensar. Fez-me perceber algumas coisas que estavam há muito tempo por esclarecer na minha cabeça. Se calhar se as mulheres pensassem um pouco, mas só um pouco, como os homens, as coisas talvez funcionassem de uma maneira mais simples. Podia perder-se um pouco da magia, que também é importante, mas talvez se evitassem algumas desilusões.
Também falavam no facto de ser sempre o homem a dar o primeiro passo; há homens que dizem "ah e tal, somos sempre nós que temos que tomar a iniciativa, porque é que não podem ser as mulheres a fazê-lo"; se formos ver bem, realmente se o homem não toma a iniciativa é porque não estará muito interessado. E se a mulher vê isso talvez se sinta insegura em ser ela a tomar a iniciativa. Resumindo: é muito complicado!
Por mais que as pessoas tentem perceber o que vai na cabeça de cada um, as pessoas têm vivências diferentes e reagem de forma diferente. Há pessoas que podem já ter sido rejeitadas inúmeras vezes mas lambem as feridas, recuperam e voltam à carga, tomam a iniciativa, não têm medo da rejeição porque já se habituaram a lidar com ela; há outras que não conseguem tomar a iniciativa e preferem perder a oportunidade de ser bem sucedidas (ou não) a tentar uma aproximação. Como diria Shakespeare, "E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!". E como diria eu, "quem quer vai à luta!". Esta frase foi-me "cuspida" com algum desdém por alguém que já fez parte da minha vida e que nunca se poderia ter queixado de falta de luta da minha parte. Enfim, são águas passadas e que já vão bem longe, mas essa frase ficou-me na cabeça. E realmente é verdade, quem quer uma coisa tem que lutar por ela. Não podemos esperar que as pessoas entrem na nossa cabeça e no nosso coração, não podemos esperar que adivinhem o que sentimos ou o que pensamos. Às vezes nós próprias não damos os melhores sinais. Sei que é difícil abrirmos o nosso mundo mais íntimo e pessoal a alguém, mas se não o fizermos podemos correr o risco de passar ao lado de alguma coisa boa. Também corremos o risco de levar (mais) uma tampa mas acho preferível levar a nega do que ficar a pensar nisso o resto da vida "E se eu tivesse...?"
De facto, apesar de ser um filme "de domingo à tarde", que normalmente não necessita do uso do cérebro, deixou-me a pensar. Infelizmente não levámos nenhum homem connosco que nos pudesse dar umas deixas sobre a veracidade do que foi ali retratado, mas muitas daquelas coisas fazem sentido. Ou não farão? Hum... :)

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