quinta-feira, dezembro 01, 2005

O regresso

Após meses de ausência estou de volta às lides "bloggistas". Meses cheios de coisas para fazer que me impediram de me sentar um pouco em frente a este computador e escrever. Não que não tenha sentido necessidade, senti e muito. O desabafo anónimo por vezes ajuda. Mas os afazeres diários não o permitiram.
Fui "mãe" de uma tese de mestrado, cuja "gravidez" durou 1 ano e meio (quase como um elefante!), e digamos que foi um parto difícil. Mas a minha "cria" já nasceu, está bem de saúde e foi bem recebida, que é como quem diz, foi aceite!
Agora que já não tenho que me preocupar com a tese, começo a pensar noutras coisas. E dou por mim a pensar que se calhar preferia continuar preocupada com a tese... Durante o tempo que durou a escrita, não pensava em mais nada a não ser em acabá-la. Era uma ânsia que me consumia, dias e noites sentada numa cadeira em frente a um computador, a ver linhas e linhas de texto, imagens, esquemas surgirem diante dos meus olhos... Não pensava em mais nada, não tinha tempo. Mas agora, voltam à minha cabeça imagens que eu jurava estarem já enterradas. Talvez eu me tenha apercebido (de novo) da injustiça da vida em determinadas situações. E a frase mais vezes repetida na minha cabeça é camoniana: "Os bons vi sempre passar/ Na vida grandes tormentos/ E os maus vi sempre nadar/ Em mares de contentamentos". Mas não devia ser assim! Não me conformo com certas situações. Não consigo aceitar que o mal seja recompensado com o bem. Mas pelos vistos as coisas funcionam assim. E é isso que não consigo aceitar.
De qualquer maneira, se calhar como uma forma de me encaixar nesta injustiça que povoa as nossas vidas, penso que "tudo acontece por uma razão" e que por vezes aquilo que desejamos para nós não é o melhor.
Acho que estes meses foram um refúgio, difícil e esforçado é certo, mas foram um refúgio. Tive a falsa sensação de que tudo estava bem, que todos os fantasmas estavam enterrados, que o passado era passado e nunca jamais voltaria a interferir com o presente. Estava enganada.

"Águas passadas não movem moinhos". Será?

segunda-feira, julho 04, 2005

13 Linhas para Viver

"1 – Amo-te não por quem tu és, mas por quem eu sou quando estou contigo.

2 – Nenhuma pessoa merece as tuas lágrimas e quem as merece não te fará chorar.

3 – Só porque alguém não te ama como tu desejas não significa que não te ame com todo o seu ser.

4 – Um verdadeiro amigo é quem te pega a mão e te toca o coração.

5 – A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderá ter.

6 – Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estás triste, porque nunca se sabe quem poderá enamorar-se do teu sorriso.

7 – Podes ser somente uma pessoa para o mundo, mas para alguma pessoa tu és o mundo.

8 – Não passes o tempo com alguém que não está disposto a passá-lo contigo.

9 – Quem sabe Deus queira que conheças muita gente errada antes que conheças a pessoa certa para que, quando no fim a conheças, saibas estar agradecido.

10 – Não chores porque já terminou, sorri porque aconteceu.

11 – Haverá sempre gente que te magoe. Assim, o que tens de fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem confias.

12 – Converte-te numa pessoa melhor e assegura-te de saber quem és antes de te dares a conhecer a alguém.

13 – Não te esforces tanto, as melhores coisas acontecem quando menos esperas.



TUDO ACONTECE POR UMA RAZÃO"

Gabriel García-Márquez

Que é como quem diz, "há males que vêm por bem". ;)

sexta-feira, junho 17, 2005

Vendedores de amigos?!


"Só conhecemos as coisas que prendemos a nós - disse a raposa. - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, prende-me a ti!"

"O Principezinho", Antoine de Saint-Exupéry

Interessante, este conceito de "vendedores de amigos"... Uma pessoa ia a uma loja, via um potencial amigo e levava-o à experiência durante um certo tempo; se servisse, óptimo, tínhamos arranjado um amigo. Se não, devolvia-se e levava-se outro.
Às vezes parece-me que a realidade não é assim tão diferente disto. A diferença é que quando levamos um amigo connosco, não é à experiência, é com a esperança que seja para a vida. E quando nos desiludimos não basta ir devolvê-lo à loja, é preciso exorcisá-lo do coração. E isso é o mais difícil.
Começo a pensar que realmente mais vale não nos prendermos a nada, há sempre um risco inerente de desilusão, risco que às vezes é ínfimo, mas que está lá. É muito triste estarmos rodeados de pessoas e sentirmo-nos sós...

domingo, maio 29, 2005

Ainda ando por aqui!


Ás vezes não sei se ando ou se me arrasto por aqui... É que por mais que me tente levantar há sempre qualquer coisa que me deita abaixo. Será algum síndroma que ninguém descobriu ainda mas que pode levantar sérias questões, ou até levar à atribuição de um Nobel, quem sabe...
De qualquer maneira, este tipo de situações leva-me aos tempos em que um amigo meu dizia, em tom de brincadeira e com uma forte pronúncia de Viseu, "primeiro a expectativa, depois a desilusão", quando algo não corria bem. Nesse tempo, algo não correr bem era chover num dia de férias no Algarve ou não haver aquele sabor na gelataria onde costumávamos ir à noite.
Agora as expectativas são bem maiores, e consequentemente, as desilusões... Quanto mais alto é o voo, maior é a queda.

segunda-feira, abril 25, 2005

Viver não dói


"Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas
que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por
termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado
e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor e não
conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de
ter tido junto e não tivemos, por todos os shows
e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e
paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos
de ter para ir ao cinema, para conversar
com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente
conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos
estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro
está sendo confiscado de nós, impedindo
assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos
e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o
desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos, na
prudência egoísta que nada arrisca, e que,
esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."

Carlos Drummond de Andrade

domingo, abril 10, 2005

O Pedaço Perdido

"É a história do círculo no qual faltava um pedaço pois um grande
triângulo fora arrancado.

O círculo queria ser inteiro novamente, sem nada faltando, então foi
procurar o pedaço perdido. Como estava incompleto e só podia rodar
lentamente, admirou as flores ao longo do caminho.
Conversou com os insetos. Observou o sol.
Encontrou vários pedaços diferentes, mas nenhum deles servia.
Então, deixou-os todos na estrada e continuou a busca.
Certo dia, o círculo encontrou um pedaço que se encaixava nele
perfeitamente.
Ficou tão feliz! Seria inteiro!

Incorporou o pedaço que faltava e começou a rodar.
Agora que era um círculo perfeito, podia rodar muito rápido, rápido
demais para notar as flores, o sol e conversar com os insetos.
Quando percebeu como o mundo parecia diferente ao rodar tão
depressa, parou, deixou o pedaço na estrada e foi embora rodando
lentamente.

Moral da história:

Somos mais inteiros quando sentimos falta de algo.
O homem que tem tudo é, sob certos aspectos, um homem pobre.
Nunca saberá o que é ansiar, esperar, nutrir a alma com o sonho de
algo que sempre quis e nunca teve.
Há integridade na pessoa que está resolvida com suas limitações, que
foi corajosa o bastante para abandonar os sonhos irreais sem se
sentir fracassada ao fazê-lo.
Há integridade em quem aprendeu que é forte o bastante para
atravessar uma tragédia e sobreviver, que pode perder alguém e ainda
se sentir completo.
Você atravessa o pior e sai intacto.
Quando aceitarmos que a imperfeição é parte do ser humano e
pudermos, a exemplo do círculo, continuar a rodar pela vida e a
apreciá-la, teremos adquirido a integridade que todos desejam.
E, finalmente, se formos corajosos o bastante para amar, fortes o
bastante para perdoar, generosos para exultar com a felicidade
alheia e sábios para perceber que há amor suficiente para todos,
então poderemos atingir a plenitude que nenhuma outra criatura viva
jamais atingiu."

terça-feira, março 29, 2005

Às voltas...

Bem, ainda ando às voltas com as fotos... Não desistam, elas vão aparecer!

domingo, março 27, 2005


E viva o vinho! Oito Bicas, claro...

O meu primeiro "comment"...

Fantástico! Tenho o blog há escassas 24 horas e já alguma alma caridosa depositou um comentário a um dos meus posts! Estou realizada! Naniko, bem hajas!


O fabuloso restaurante "Luís dos Frangos"! Posted by Hello

O deslumbramento da luz... ou talvez não!

Pois é, parece que foi para comemorar a abertura oficial do meu blog, mas não... Foi mais uma jantarada no fabuloso restaurante "Luís do Frangos" para comemorar os aniversários de 3 estimados fundanenses: a Isabel, o Manel e o Xico.
Como ainda sou novata nestas coisas dos blogs, estou a tentar arranjar maneira de pôr as fotos à vossa disposição. Me aguardem...

sábado, março 26, 2005

Já tenho um blog!

Pois é, também já tenho um blog! Sou mais um na manada...