quinta-feira, janeiro 22, 2009

"Wonder"


"lately i find myself
amazed at all around me
everything i see
like all of life's ablaze with light
that suddenly i see, only now i see

the wonder, the wonder of it all
wonder everywhere, more than we know
heaven's not up there, but on earth below

don't know if god exists
but there's some magic out there
so much we're not aware
and then sometimes suddenly i hear
a harmony sing, of each and everything

the wonder, the wonder of it all wonder everywhere, more than we know
heaven's not up there, but on earth below"

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Afinal não sou a única...


Não acredito muito em astrologia mas às vezes, quando não sei muito bem em que acreditar, até tenho curiosidade em ler as "previsões astrológicas". Seja qual for o profissional do ramo que eu consulte na internet, todos dizem o mesmo: 2009 é o ano do Aquário. Todos prevêm crescimento em todos os sectores e dizem que finalmente os Aquarianos irão colher os frutos de todo o seu trabalho e esforço. Gostava de acreditar nisso e vou tentar; what goes around comes around, pode ser que acreditando nestas previsões optimistas elas se concretizem.
Hoje estou num daqueles dias em que olho para o nome do meu blog e penso "Foi mesmo escolhido a dedo, pá!". Hoje estou mesmo na fase darkness... E é ainda pior quando olhamos à volta e vemos que não somos os únicos a estar assim, a modos que coisinho. Faz-me lembrar quando estava no 1º ano da universidade, cheia de vontade de me vir embora e não tinha coragem para o fazer. Foi só ver o pessoal da minha turma a debandar para fazer novamente os exames e tentar de novo a sua sorte que a coragem apareceu logo, assim, zás!, em menos de nada. Bastou um telefonema para o meu pai, arrumar o essencial, ir até casa e explicar os meus motivos. Na semana seguinte estava a abandonar a Universidade e a voltar a estudar para os exames.
Não é segredo para ninguém que me conhece que sou uma inconformada; pronto, não me posso queixar mas o ser humano é, por natureza, insatisfeito e quer sempre mais e mais e mais. Há muito tempo que me sinto assim, presa a uma rotina que já não me preenche, e a desejar muitas vezes não ter nada, para assim poder arriscar mais. Porque tendo em conta a maneira como as coisas estão, só mesmo um louco é que decidiria largar tudo o que tem por uma possível aventura. Sim, eu tenho noção que sou privilegiada mas não me sinto realizada. E não sei se vale a pena trocar a realização pelo privilégio...
Hoje tive noção que não sou a única. Que há outras pessoas à minha volta que, apesar de serem também elas privilegiadas, também não se sentem realizadas. Que têm outros planos para a sua vida. Que querem fazer outras coisas. Que não querem fazer o que fazem o resto da sua vida. Afinal não sou a única...
Eu nunca deixei de procurar a minha realização profissional, embora não consiga definir exactamente o que quero fazer e onde o quero fazer. Já tive fases de procura activa que em nada resultaram, e fases de procura passiva, em que pura e simplesmente esperava que alguma coisa aparecesse no horizonte. Mas hoje bastou alguém à minha volta exprimir em voz alta aquilo que eu sinto para me encher com aquela coragem que eu senti no dia em decidi voltar a fazer os exames. E decidi voltar à fase de procura activa. Com um problema adicional: já não estou tão livre. Assumi compromissos que me "prendem" um pouco, embora NUNCA definitivamente. Mas que me fazem olhar para trás e pensar 2 ou 3 vezes.
Não gosto muito de olhar para trás mas assusta-me ainda mais olhar para a frente. Não saber o que lá vem. Não saber se o conseguirei enfrentar. Não saber quais serão as consequências dos meus actos. Depender dos "ses" que governam este mundo. "Se eu fizesse assim, acontecia assado". Ah, se ao menos soubessemos o que é "assim" e "assado"...
O passado é um país distante onde vagueiam pessoas que nos parecem familiares mas o futuro é um continente inexplorado povoado de completos desconhecidos. Podemos ter sorte e encontrar pessoas porreiras ou ter o azar de dar de caras com autênticos anormais que nos vão fazer a vida negra. Seja como for, há que receber o futuro de peito aberto, para o que der e vier.
Só espero que os profissionais da astrologia tenham razão e que este ano seja mesmo mesmo bom para os Aquarianos. Pelo menos está a ser bom numa coisa: percebi que afinal não sou a única.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Houve festa em Aveiro! E que festa...!


Pois é, mais um ano... Mais uma vez sinto que estou a abrir um caderno novinho, com folhas brancas a pedir para serem escritas. Vamos lá a ver escrevo com uma letra bonita e sem erros ortográficos.

Posso dizer que o ano começou bem. Depois do Natal dei comigo a pensar " é desta que fico em casa a ver filmes na noite da passagem de ano", embora já tivesse marcado férias para essa semana e estivesse com vontade de ir para fora. O pessoal alinhou e aí fomos nós, a caminho de Aveiro. É curioso como passei tantos anos em Aveiro a querer vir embora e agora tenho passado as noites mais divertidas lá. Realmente a idade muda uma pessoa...
Foi uma festa porreira, com gente gira e um ambiente fantástico. O Alvim é um senhor, carago!, nunca pensei que fosse assim; geralmente quando se vai com grandes expectativas a desilusão é maior do que quando não se espera nada. Eu ia com alguma expectativa mas garanto que não me desiludi nada, embora a certa altura, durante o jantar, tenha sido assaltada pelo receio de a noite ser uma banhada. Tudo bem, no verão de 2007 tínhamos ido passar uma noite em Aveiro e tinha sido altamente, mas "o que foi não volta a ser/mesmo que muito se queira", como dizem os Xutos & Pontapés, e desejar que a noite fosse igualmente boa ou, quem sabe, melhor, era esticar um pouco a corda... ou não!
A festa foi espectacular, a companhia foi excelente e a música foi do melhor! Toda a gente sabe que o Alvim tem a mania de passar a música do D'Artacão, e para mim era um dos (esperados) pontos altos da noite (como vêm, as minhas expectativas eram realmente baixas); mas ver malta na casa dos 30 a cantar "Era uma vez os três/ os famosos Moscãoteiros" a plenos pulmões foi lindo, muito para além do que eu poderia esperar.
Foi um início de ano fantástico, com animação e boa disposição. Fartei-me de dançar, não toquei numa pinga de álcool (a não ser o belo champanhe para brindar ao novo Ano) e consigo lembrar-me de tudo; não houve música que eu não conhecesse, que não cantasse, que não dançasse.
E dei comigo a pensar que afinal não é assim tão mau estar na casa dos 30; viver a adolescência ao som de Xutos, Smashing Pumpkins, Guns 'n' Roses foi bem melhor do que vivê-la ao som dos D'Zert ou das Play Girls ou lá como elas se chamam.
Já há muito tempo que não tinha uma passagem de Ano tão porreira e tenho esperança que seja um prenúncio de um ano bom.
As primeira páginas do caderno "2009" começaram a ser escritas com letra bonita e sem borrões, vamos ver se assim se mantém...