terça-feira, dezembro 07, 2010

Agora que tenho tempo livre (demais, diga-se de passagem) podia escrever mais. De facto já tentei iniciar três textos mas depois aquilo não me soa bem e amachuco a folha de papel, que é como quem diz, apago o rascunho.
A inércia é uma chatice porque traz mais inércia, e quanto menos faço menos me apetece fazer, embora eu deteste estar sem fazer nada. Isto é um pouco contraditório mas tendo em conta que já não saio de casa há quase uma semana, não apanho ar puro nem sol nem chuva, é normal que o meu raciocínio se encontre um pouco toldado.
Neste momento o meu pé esquerdo é o centro do meu mundo, e isso é triste. Tudo o que faço (ou melhor, que não faço) é em função do meu pé: levanto-me às 9h30m para tomar o antibiótico, porquê? Por causa do pé. Alguém me vem visitar, porquê? Por causa do pé. Apetecem-me pratos de que eu já não me lembrava, porquê? Por causa da "depressão" que o meu pé me inflige por não poder sair de casa. O meu pé é o meu mundo. Felizmente espero que não seja por muito tempo, tanto que o outro pé está a ficar ciumento e sobrecarregado; tem-me doído mais do que o habitual e tem razão, afinal está privado de sair e não tem culpa nenhuma. Também a vez dele chegará, temos que ser uns para os outros, e ele lá se vai aguentando.
Como estou fechada em casa não vivencio nenhum situação que mereça algum tipo de comentário ou reparo; o contacto com o mundo faço-o através de televisão, da net e de alguns amigos que vão aparecendo ou telefonando. No entanto, apetece-me escrever. Mas sem assunto é difícil. E com sono pior ainda. Vou dormir. Talvez amanhã corra melhor.

1 comentário:

vicente disse...

bom ano, bacherolote e para as tuas amigas canadianas ;)